SIG do IFF é destaque em estudo científico

Em busca de uma avaliação das atividades realizadas pelos Grupos de Interesse Especial (SIGs) da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), o pesquisador Thiago Brito realizou uma extensa pesquisa, apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para a obtenção do título de mestre.  O estudo trata de uma análise documental acrescida de uma pesquisa de campo, com abordagem quantitativa por meio da construção e uso de um instrumento de coleta e análise de dados.

A Rute é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e tem o propósito de traçar e possibilitar melhorias e avanços no campo da assistência, principalmente no âmbito da saúde pública. Trata-se de uma atividade estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS), pois amplia o atendimento na atenção básica e promove a troca do conhecimento entre a pesquisa e o serviço de saúde.

Com objetivo de analisar a colaboração dos SIGs da Rute considerando a produção em comunicação, cooperação e coordenação (3c), existente na prática da telemedicina e telessaúde, o pesquisador dividiu o grupo 3c em três diferentes categorias - produção e colaboração; colaboração em desenvolvimento e colaboração plena, respectivamente. A classificação se deu a partir da produção em cada segmento e o terceiro grupo foi representado por uma produção igual ou maior a 50%. Dentre os resultados encontrados, foi possível notar um conceito de alta eficiência no desenvolvimento das práticas realizadas pelos SIGs, além do ganho na colaboração e crescimento de SIGs ativos, passando de oito em 2008 para 58 em 2015, e de inscrições cumulativas de unidades e instituições Rute, passando de 96 para 1814 nos respectivos anos.  

Dentre a segmentação dos SIGs que foram analisados, é possível afirmar o crescimento e desenvolvimento das atividades realizadas pelo Laboratório de Telessaúde do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), que tem sido um polo estratégico na parceria com a Rute, e conduz três SIGs com a participação de hospitais de excelência no Brasil e no exterior, sendo eles o da rBLH, um sobre Medicina Fetal e último voltado para Câncer de Colo de Útero. Primeira unidade da Fiocruz com o perfil diretamente voltado para atenção à saúde da mulher, da criança e do adolescente, o IFF abriga um laboratório totalmente dedicado ao tema Telessaúde.

No estudo mencionado, o SIG rBLH foi classificado no grupo representado por uma produção plena, obtendo percentual de 67% em sua produção e 88% em colaboração, o que reflete a utilização da Rute enquanto instrumento de qualificação do conhecimento para a rBLH. Segundo a coordenadora do Laboratório de Telessaúde do IFF, Angélica Baptista, esse resultado é fruto de um trabalho pautado no aprimoramento das atividades e na promoção da saúde. “O nosso SIG alcançou um nível de troca dentro de um trabalho científico que foi pensado, justamente para auferir esse grau de satisfação. Nós alcançamos o grau mais alto e utilizamos essa ferramenta para fortalecer a rBLH,” enfatizou.

Para o coordenador da rBLH, João Aprígio de Almeida, não é possível pensar na rBLH sem o apoio da Rute. “O resultado alcançado atesta o quanto a Telessaúde é capaz de derrubar fronteiras geográficas e aumentar o intercâmbio do conhecimento científico, tecnológico e cultural. Essa é a primeira parte da história, ainda temos outras potencialidades a explorar,” destacou o coordenador.

A Fiocruz, enquanto agente da cidadania e promotora do desenvolvimento social, do conhecimento científico e tecnológico abriga em mais um dos seus institutos – Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), um segundo Núcleo de Rede Universitária de Telessaúde. Por meio desse núcleo, inaugurado em novembro de 2016, o INI passou a transmitir videoconferências, webconferências, debates, discussões de casos, aulas, pesquisas e avaliações à distância, tendo como foco principal as doenças infecciosas. 

Por: Suely Amarante (IFF/Fiocruz)