3.º Mamaço luta contra preconceito em Bauru /São Paulo

Há oito anos, a doula Cibele Alves Lima teve a sua primeira filha, Rafaella, que mamou só até os três meses. Isso porque a mãe temia sofrer preconceito ao amamentá-la em público. Com o intuito de afugentar pensamentos semelhantes, Bauru receberá a 3.ª edição do Mamaço. Desta vez, o evento está marcado para este sábado (17), das 15h às 17h, no Parque Vitória Régia, em comemoração ao Mês do Aleitamento Materno, denominado Agosto Dourado.

A iniciativa surtiu efeito em Cibele, que amamenta o seu filho mais novo, Bernardo, de 1 ano e 8 meses, até hoje. "Muita gente fala que já passou do tempo ou olha feio, mas eu não ligo, porque sei que faz bem a ele", argumenta.

Idealizadora do Mamaço, a enfermeira obstetra Alexandrina Dittrich afirma que nenhuma vacina se compara ao leite materno. "Nos primeiros três meses de vida, o bebê não é submetido a qualquer imunização. Porém, recebe anticorpos através do aleitamento", justifica.

Tanto que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é para que a criança consuma exclusivamente este alimento até os seis meses. Depois, já com a ingestão de outros produtos, a mãe deve manter a amamentação até, pelo menos, os 2 anos. No entanto, o direito de escolha da mulher também precisa ser respeitado.

TUDO JUNTO

O intuito do evento é reunir mães, pais, filhos e profissionais da Saúde. Além de explicar a importância do aleitamento materno, a iniciativa também visa quebrar preconceitos, afinal, amamentar em locais públicos ou privados é direito da mãe.

Inclusive, em março deste ano, o Senado aprovou, em regime de urgência, um projeto para penalizar, com multa, a violação do direito à amamentação. A matéria faz parte da pauta prioritária da bancada feminina e seguiu para a apreciação da Câmara dos Deputados. Agora, aguarda parecer da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

SERVIÇO

O 3.º Mamaço está marcado para este sábado (17), das 15h às 17h, no Parque Vitória Régia, em Bauru.

Por: Cinthia Milanez

Foto: Malavolta Jr

Fonte: https://rblh.fiocruz.br/pagina-inicial-rede-blh#overlay=node/add/noticia