Publicado em 07/08/2020 00h:00min.
Argentina, Brasil e Uruguai participaram do evento e apresentaram suas estratégias frente à pandemia
A Organização Pan-americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) promoveu um seminário virtual hoje (7/8) para debater o aleitamento materno na Região das Américas. O evento virtual reuniu representantes da OPAS, Argentina, Brasil e Uruguai e trouxe experiências, políticas e ações importantes que estão sendo desenvolvidas, principalmente durante a pandemia de Covid-19.
O assessor em Alimentação, Nutrição e Atividade Física nas Escolas (Opas/OMS), Leo Nederveen; trouxe um panorama das ações de enfrentamento da pandemia. Com a apresentação “Aleitamento Materno e Covid-19 – Investir na lactância materna para um planeta mais saudável”, Nederveen mostrou que a OMS tem desenvolvido documentos, notas científicas e fontes de informação para orientar profissionais e a população sobre as medidas de proteção necessárias e, assim, continuar incentivando o aleitamento materno. Também foi criado um aplicativo para auxiliar no esclarecimento de dúvidas das equipes de saúde. O assessor também ressaltou as vantagens do ato na saúde do meio ambiente, pois não cria desperdício de lixo e usa menos recursos naturais.
As estratégias argentinas no contexto da pandemia foram o tema da diretora de Perinatologia, do Ministério da Saúde da Argentina, Gabriela Bauer. Ela apresentou o trabalho realizado para promoção e proteção da lactância materna, que tem sido desenvolvido com base em recomendações às mães lactantes e cursos destinados às equipes de saúde. Uma ação importante no país foi a Rede de Referência de Lactância, que reúne profissionais de hospitais e centros de saúde, sociedade científicas e grupos de apoio para acompanhar o acesso ao aleitamento materno durante a pandemia.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) também esteve presente e trouxe o trabalho de enfrentamento à pandemia que tem sido desenvolvido. Segundo a gerente do BLH do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Danielle Aparecida da Silva; a rBLH-BR possui uma articulação bem estruturada. A plataforma científica virtual já era utilizada para ensino de profissionais dos BLH no âmbito do Sistema Único de Saúde e reuniões com gestores; e passou também a ser uma ferramenta para avaliar as boas práticas em BLH frente à pandemia e assegurar a biossegurança dos processos.
Fechando o evento, Ximena Moratorio, do Ministério da Saúde do Uruguai, e o pesquisador Gastón Ares apresentaram as principais conquistas e desafios nos programas de amamentação no país. A assinatura de uma resolução, em 2017, aprovou as Normas para implementação e desenvolvimento de ações que protegem, promovem e apoiam a lactância materna e englobam todos os profissionais do Sistema Nacional Integrado de Saúde.
Confira algumas imagens das apresentações
Leo Nederveen
Gabriela Bauer
Danielle Aparecida da Silva
Ximena Moratorio e Gastón Ares