Novembro Roxo: Paraíba reúne profissionais e doadoras em encontro virtual

Publicado em 18/11/2020 18h:04min.

As estratégias de captação e criação de vínculo com doadoras de leite humano foram compartilhadas entre BLHs e PCLHs

A Rede Paraibana de Bancos de Leite Humano se reuniu virtualmente hoje (18) numa celebração ao Novembro Roxo, ao trabalho realizado por pelos Bancos e Postos de Coleta de Leite Humano do estado e às doadoras e mães de prematuros. “Estratégias de captação e criação de vínculo com doadoras de leite humano” possibilitou que profissionais e gestores compartilhassem experiências e ações em prol do aleitamento materno, principalmente em tempos de pandemia.

A coordenadora Estadual da Rede de Bancos de Leite e do BLH Anita Cabral, Thaíse Ribeiro, explicou que a tarde de conversa era para criar e restaurar vínculos, que foram afetados em tempos de Covid-19, e mostrar às doadoras a importância que elas têm. “Vocês não têm a dimensão do quanto esses potinhos de vidro de vocês fazem”, disse.

Thaíse acrescentou a grande organização de profissionais e unidades hospitalares que são impactados com a doação. “Todo mundo se movimenta através do leite que vocês doam para esses bebês prematuros. Vocês contribuem com a vida para eles”. Segundo ela, “é uma legião de pessoas, servidores, técnicos e profissionais que trabalham em prol dessa Rede”.

A coordenadora de Alimentação e Nutrição da Secretaria de Estado da Saúde, Kamilla Rodrigues, agradeceu aos profissionais que mantêm a Rede de Bancos de Leite Humano funcionando e lembrou dos prematuros, o significado do Novembro Roxo. Para ela, “isso tem uma importância maior, são bebês que precisam talvez ainda mais desse leite e isso transforma a vida de cada um”.

BLHs e PCLHs da Paraíba apresentaram seus funcionamentos e as estratégias para captação de leite materno e criação de vínculo com doadoras. Durante a pandemia, foi fortalecida a comunicação por meio de WhatsApp e pelas Redes Sociais.

O BLH Dra. Zilda Arns exibiu um vídeo de diversas mães com seus bebês e falou também do Laboratório de Aleitamento Materno, que atende, orienta e dá suporte às mães que estão amamentando.

Elaborar uma cartilha informando sobre os cuidados que o BLH Dr. Virgílio Brasileiro está tomando durante a pandemia foi uma forma que os profissionais encontraram de criar vínculo e confiança com mães, principalmente nas que doavam de suas casas. O BLH também conta com a Casa da gestante para acolher, atender e orientar as mães nos processos de ordenha, armazenamento, estímulo à amamentação e doação. A intenção é que a ajuda chegue à mãe, à maternidade e ao bebê.

Najara, mãe de Isabela Maria, prematura de 35 semanas; é doadora e contou o sentimento de doar leite materno. “A gente se sente tão realizada de estar contribuindo com as mães que estão passando pela mesma situação que você passa, que não é fácil. Saber que você está podendo ofertar um alimento para o desenvolvimento de um ser humano é muito gratificante mesmo”.

A importância da atuação de equipes multiprofissionais em todo o trabalho desenvolvido em prol do aleitamento materno foi um aspecto importante trazido. Para Cícera Reichert, do PCLH do Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho, “quando nasce um prematuro, nasce uma família prematura”. Ela disse ser necessário ter empatia e respeito para poder apoiar, proteger e promover o aleitamento materno; e orientar para “muito além das paredes da maternidade”.

O encontro foi realizado pela Secretaria de Saúde e o BLH Anita Cabral, com o apoio da Rede Cuidar. Também participaram os Bancos de Leite Humano: Dra. Vilani Kehrle e Merijane Claudino da Silva; e dos Postos de Coleta: Hospital da Unimed, Hospital Geral de Mamanguape, Hospital Regional de Guarabira, Noemi de Holanda Mariz, Maternidade Frei Damião e Hospital Nossa Senhora das Neves.