Novembro Roxo: mês de sensibilização da sociedade para os cuidados com recém-nascidos prematuros

Publicado em 17/11/2023 14h:55min.

Se a chegada de um bebê traz mudanças significativas na rotina de uma família, pare para imaginar o que a chegada de um bebê prematuro pode impactar?

Isto porque um bebê prematuro, por sua fragilidade e condições, demanda uma atenção especializada, com cuidados ainda mais específicos voltados a sua sobrevivência, crescimento e desenvolvimento saudáveis.

É considerado prematuro o bebê aquele que nasce com menos de 37 semanas de idade gestacional, enquanto uma gestação completa varia entre 37 a 42 semanas. Por isso, bebês prematuros, que nascem antes desse tempo, são bebês que demandam cuidados muito especiais com grande impacto para suas famílias, as unidades de saúde e para toda a sociedade.

O dia 17 de novembro, dia mundial da Prematuridade, foi criado com o intuito de chamar a atenção para essa questão que atinge milhões de crianças e suas famílias todos os anos ao redor do mundo, uma vez que as complicações relacionadas a prematuridade são a principal causa de morte no período neonatal.

Segundo dados preliminares do Painel de Monitoramento de Nascidos Vivos do DataSUS, foram registrados 292.715 nascimentos prematuros em 2022 no Brasil, o que sinaliza a importância desse problema para todo o sistema de atenção neonatal e para toda a sociedade.

Não só o dia 17 de novembro é dedicado à sensibilização da população para a questão da prematuridade, mas todo o mês de novembro, chamado de novembro Roxo. Esse ano, o tema proposto para o Novembro Roxo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança Global para o Cuidado do Recém-nascido é “Pequenas ações, grande impacto: contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares".

Segundo a página da ONG Prematuridade.com, uma das instituições que compõem a Aliança Global para o Cuidado do Recém-nascido (GLANCE), o tema da campanha global chama a atenção para os benefícios cientificamente comprovados do contato pele a pele precoce entre o recém-nascido e seus pais, desde a sala de parto sempre que possível ou o quanto antes e pelo maior tempo possível nas Unidades Neonatais. Daí, a necessidade de conscientizar as equipes nas unidades de saúde ao favorecer e incentivar a proximidade da presença materna e paterna nos ambientes neonatais, realizando mudanças nas práticas assistenciais para que, incorporando essa prática em sua linha de cuidado, se alcancem melhores resultados na superação dos possíveis agravos relacionados à prematuridade.

A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano – rBLH-BR também participa da assistência e cuidados neonatais, com especial na atenção aos prematuros ao se constituir como um centro especializado, responsável pela promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno tanto para todas as mães desejosas de amamentar seus bebês nascidos a termo, como para aquelas que, diante do desafio de ter um bebê prematuro ainda impossibilitado de receber leite materno diretamente ao seu seio, são orientadas e apoiadas a manter sua produção láctea para, no momento oportuno e dentro dos requisitos de segurança e qualidade, ser destinada ao seu bebê.

E, se em algum momento, a oferta de seu leite ao seu bebê prematuro não for possível por algum impedimento temporário ou permanente, a rede de solidariedade na qual se pautam as ações da rBLH-BR, receberá a doação do excedente de produção láctea de outras mães, processará e analisará as características da composição desse leite doado, para, por fim, encaminhá-lo ao  seu bebê, segundo as necessidades dele e após avaliação e prescrição pela equipe da unidade neonatal da qual seu bebê recebe cuidados. É a rBLH-BR, que junto a demais frentes em defesa dos prematuros, reconhece que as mães, os pais e as famílias que vivenciam os desafios da prematuridade devem receber todo apoio, cuidado e as boas práticas relacionadas à linha de atenção neonatal nesse momento tão delicado!