Argentina - Buscam instalar Banco de Leite Humano em Jujuy

Publicado em 21/01/2021 09h:00min.

Diretor geral de Maternidade e Infância explicou como estão avançando com a concretização do projeto de um BLH na província

A lactância materna é recomendada por associações médicas nacionais e internacionais. Há unanimidade sobre os benefícios desse alimento nos primeiros meses de vida. Por sua parte, a Sociedade Argentina de Pediatria (SAP) recomenda que todos os recém-nascidos recebam exclusivamente leite materno até os seis meses de vida, há casos em que é difícil realizá-lo e por isso se solicita um avanço nas políticas públicas de promoção ao aleitamento materno. Nesse sentido, Antonio Buljubasich, do Ministério da Saúde, detalhou como pretendem realizar o projeto de ter um Banco de Leite Humano em Jujuy.

Cabe mencionar que a província possui uma lei que visa promover o aleitamento materno com a criação de Bancos de Leite Humano desde 30 de novembro de 2011. Essa legislação não foi regulamentada e nem entrou em vigor.

Buljubasich explicou: “Existem atualmente oito Bancos de Leite Humano no país. A ideia é dar um salto de qualidade na atenção às crianças da província”. Além disso, assegurou que isso beneficiará especialmente os bebês prematuros, nos quais a nutrição é um dos pilares fundamentais para o seu desenvolvimento. “Começar com leite artificial não é a mesma coisa que com leite materno”, afirmou.

Um ano e meio atrás, só estava previsto um lactário para aquelas mães com bebês prematuros. Na ocasião, Buljubasich comentou que foram "refuncionalizados o centro de lactância do Hospital Quintana". Cabe mencionar que a diferença entre um lactário e um Banco de Leite Humano é que o primeiro é um local adequado apenas para a extração, e no segundo se armazena e pasteuriza o leite para sua distribuição. A importância desses locais está em ter o leite humano em condições de ser consumido, em outras palavras, a pasteurização é realizada, procedimento pelo qual o leite passa por um tratamento frio e térmico e elimina qualquer elemento que possa prejudicar os lactentes.

“Os filhos de mães que fazem tratamento para o câncer, por exemplo, ou que não têm possibilidade de amamentar, poderão se tiver leite”, disse, detalhando o destino desse valioso alimento para a nutrição dos recém-nascidos mais vulneráveis.

Buljubasicha também aprofundou que preveem "ampliar o projeto" e estabelecer um "banco voluntário de leite". Isso implica em um centro com capacidade de receber leite e contar com o processo correspondente para determinar se esse leite é apto para bebês que precisam.

Se o projeto for finalizado e uma lei que está perto dos 10 anos for cumprida, Jujuy poderia ter um banco de leite humano fortalecendo a saúde dos pequenos desde seus primeiros dias.

Fonte: TodoJujuy.com

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