Associação entre trabalho e aleitamento materno exclusivo em países da América Latina e Caribe

Publicado em 18/04/2022 12h:03min.

Association Between Maternal Work and Exclusive Breastfeeding in Countries of Latin America and Caribbean.

O momento do término da licença maternidade é sempre uma questão trazida pelas mulheres que tem que retornar ao trabalho e gostariam de manter o aleitamento materno, e este foi o tema da publicação “Association Between Maternal Work and Exclusive Breastfeeding in Countries of Latin America and Caribbean” produzida por Marília Neves Santos, coordenadora do Banco de Leite Humano do Hospital das Clínicas de Uberlândia e que concluiu o seu mestrado em Ciência da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia.

Ao fim de sua jornada no mestrado, Marília Santos, compartilhou sua publicação com a Secretaria Executiva da rBLH e perguntamos qual foi a motivação para a construção do artigo, Marília respondeu que desde que começou a trabalhar apoiando e incentivando o aleitamento materno, o retorno ao trabalho dessas mães era algo que a sensibilizava.

“Por inúmeras vezes eu vi mães que superaram suas dificuldades iniciais com a amamentação, passando por novas dificuldades por ter que voltar ao trabalho após uma licença maternidade de 4 meses e desejando manter o aleitamento materno exclusivo pelo menos até 6 meses como recomenda a OMS.

Entendi que era necessário investigar mais sobre a relação do retorno ao trabalho e a continuidade da amamentação. Eu e os demais pesquisadores buscamos entender como era esse cenário no nosso e em outros países e, dessa forma, vimos a necessidade de se investir mais em políticas públicas que tragam proteção ao aleitamento materno através de leis trabalhistas. Além disso, deve haver mais diálogo entre empresas e órgãos governamentais para que haja apoio e incentivo a amamentação dentro do local de trabalho.”

Marília ainda chama a atenção dos profissionais de saúde para a continuidade do aleitamento materno no retorno ao trabalho e convida a todos a repensarem a atual política de promoção do aleitamento materno junto a mulher trabalhadora e a ação juntos aos locais de trabalho para que este seja um ambiente acolhedor com condições favoráveis para a manutenção da amamentação.

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