Artigo analisa associações entre ações de promoção, proteção e apoio à amamentação e prevalência da amamentação exclusiva

Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo: o papel do cuidado na atenção básica

A revista Cadernos de Saúde Pública nº 26, fascículo 12, de dezembro de 2010, publicou o artigo “Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo: o papel do cuidado na atenção básica”, com autoria de Rosane Siqueira Vasconcellos Pereira; Maria Inês Couto de Oliveira; Carla Lourenço Tavares de Andrade e Alexandre dos Santos Brito.

Estudo transversal realizado em amostra representativa de 1.029 mães de crianças menores de seis meses assistidas em unidades básicas de saúde do Município do Rio de Janeiro, com o objetivo de analisar a associação entre ações de promoção, proteção e apoio à amamentação realizadas em unidades básicas de saúde (UBS) e a prevalência de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida.

A prevalência de aleitamento materno exclusivo foi de 58,1%; que diminuiu 17% a cada mês de vida do bebê.

Estiveram associadas à maior prevalência de aleitamento materno exclusivo: a cor branca e a escolaridade alta; ter companheiro; experiência prévia com amamentação; alta hospitalar em aleitamento materno exclusivo.

As ações de promoção, proteção e apoio à amamentação que se mostraram associadas ao aleitamento materno exclusivo foram: ter recebido orientação sobre amamentação em grupo e ter sido mostrado como colocar o bebê para mamar.

Para os autores, atenção especial deve ser dada aos grupos populacionais que apresentaram menor prevalência de aleitamento materno exclusivo na atenção básica do Município do Rio de Janeiro, como as mulheres de cor não branca, escolaridade baixa e aquelas que não têm companheiro.

As orientações sobre o manejo da amamentação e os grupos de apoio à amamentação, conduzidos nas Unidades Básicas de Saúde, mostraram-se associados positivamente à prevalência do aleitamento materno exclusivo.

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