Alimentação complementar

O leite materno deixa de ser o alimento exclusivo do bebê a partir dos 6 meses de vida. Neste período, a mãe deve continuar a amamentação, complementando-a com novos alimentos, inclusive água tratada ou filtrada. Por volta dos 8 meses, a criança já poderá receber os alimentos preparados para a família, sem excesso de sal ou gordura.

O paladar do bebê ainda estará em formação, portanto, o ideal é que a alimentação seja o mais natural possível, com grande variedade de frutas e legumes. Para temperar, use alho, cebola, ervas e um fio de óleo.

A alimentação complementar deve se basear em alimentos caseiros da época. As papas de fruta amassada ou raspada devem ser usadas para os horários de lanche. Para fazer a papa salgada é recomendável usar um cereal ou tubérculo (arroz, batata, mandioca, cará, inhame, batata doce), um tipo de carne ou gema de ovo (carne vermelha, frango, peixe, miúdos), ou um tipo de grão (feijão, lentilha, soja, grão de bico, ervilha seca) e um tipo de verdura de folha (chicória, alface, couve, espinafre) e legumes (cenoura, abóbora, abobrinha, beterraba). Quanto mais variada e colorida, mais nutritiva e estimulante se torna a alimentação da criança.

Atenção! Refrigerantes, sucos industrializados, doces em geral, biscoitos recheados, salgadinhos, enlatados, embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, presunto etc), frituras, café, chá mate, chá preto ou mel não devem ser oferecidos à criança (vale destacar que o mel pode ser usado após 1 ano de idade).

Estes alimentos são ricos em gorduras, açúcar, conservantes ou corantes e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento, além de aumentar o risco de doenças como alergias, obesidade e carências de vitaminas e minerais.

A partir do sexto mês, o bebê está pronto para receber alimentos sólidos, bem cozidos, sob forma de papa ou purê. Devem ser amassados ou desfiados e oferecidos com auxílio de colher, não sendo indicados triturá-los no liquidificador ou em peneiras. É importante que a criança possa pegar pequenos pedaços de alimentos, como tirinhas de legumes, carnes ou frutas, despertando nelas a curiosidade e o desejo de levá-los à boca. Nunca force a criança a comer e procure criar uma atmosfera agradável.

O preparo das refeições da criança deve ser feito com as mãos bem lavadas, com água e sabão, bem como os utensílios domésticos e as superfícies para a preparação e oferecimento dos alimentos. Todas as verduras, legumes e frutas devem ser lavadas em água corrente tratada, filtrada ou fervida, antes de serem descascadas.

Os alimentos devem ser bem cozidos e, de preferência, preparados em quantidade suficiente para uma refeição e servidos logo após o preparo. Devem ser guardados em vasilhas limpas, secas, tampadas, em local fresco, na geladeira.Não se pode oferecer sobras da refeição anterior.

Fonte: Promoção da amamentação e alimentação complementar